quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ÁGUA - O LÍQUIDO DA VIDA

A água representa quase 75% do peso corporal e é imprescindível à vida, já que quase todo o funcionamento do nosso organismo depende deste líquido vital. A pergunta é: Será que ingerimos a quantidade necessária? E os atletas, que perdem grande quantidade de água durante a prática desportiva, será que estão atentos à real necessidade de hidratação do seu corpo?
Um adulto deve beber 2 litros de água por dia, o equivalente a 8 copos. Esta é a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), em função do peso corporal. Alguns nutricionistas, no entanto, orientam para as mulheres a ingestão de litro e meio de água por dia, e qualquer medida depende da temperatura ambiente e do esforço despendido.

Normalmente, por cada hora de exercício físico intenso, devemos ingerir um litro de água adicional, uma vez que o nosso organismo não armazena água, pelo que o líquido perdido através da urina ou da transpiração ao longo do dia deve ser sempre reposto.

Não por acaso, a água passou a ser considerada um alimento, segundo a nova Roda dos Alimentos. É o líquido precioso que suporta os processos metabólicos e fisiológicos, além de contribuir para a digestão, a absorção, o transporte e a utilização dos nutrientes que ingerimos, e de eliminar as toxinas produzidas pelo organismo.

À medida em que envelhecemos, o nosso metabolismo desacelera e a nossa percepção de sede acaba por ir diminuindo na mesma proporção do envelhecimento, tornando-se inferior e sendo este um dos principais problemas de desidratação dos idosos, muito comum de se ver na nossa população sénior. Desta forma, todos os idosos devem criar uma rotina de ingestão de água, mesmo quando não sentem sede.

Uma privação de água pode ser fatal, dado que sem este líquido vital nossos órgãos entram em falência. A sede não é mais do que um sinal de alarme para a desidratação. Num segundo nível, a privação de água poderá causar dores de cabeça ou cansaço, boca ou língua secas, saliva mais espessa e cãibras nos braços e pernas. Nas situações mais graves, os olhos deixam de produzir lágrimas, há diminuição da transpiração e aumento da temperatura corporal, fraqueza, náuseas e vômitos.
Por estes sintomas, já é possível perceber a importância do consumo adequado de água durante o dia. Os atletas devem ter especial atenção na manutenção de um bom nível de hidratação do seu organismo, principalmente durante as atividades desportivas, uma vez que o corpo vai enviar sinais imediatos quando estiver com o primeiro sintoma de carência: a sede. Portanto, antes que a sede aumente a níveis altíssimos e coloque sua performance abaixo do esperado, previna-se e hidrate-se regularmente durante a prática desportiva.

Outro cuidado importante deve ser não dividir a mesma garrafa de água com outros atletas, o que tenho visto acontecer muito nos desportos coletivos e amadores aqui em Portugal, e grande parte das vezes com a conivência indireta de treinadores e  responsáveis dos clubes, que não fornecem quantidade suficiente de água para os atletas durante as competições.

A partilha da mesma garrafa de água por vários atletas é uma prática que deve ser evitada, do ponto de vista da higiene e da saúde, pois a lista de doenças transmissíveis pela saliva é extensa e inclui de uma simples gripe, ao herpes labial, sarampo, catapora, faringite, coqueluche, caxumba, rubéola, ou mesmo doenças bem graves como difteria, pneumonia, tuberculose e meningites. Todas estas doenças podem ser transmitidas por pessoas aparentemente saudáveis.
Portanto, um pouco mais de atenção com a nossa própria saúde e com a dos outros, de forma que todos nós tenhamos boa qualidade de vida. Aproveitem, assim, todos os benefícios que a água traz ao nosso corpo. 

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