sábado, 11 de abril de 2015

PREFERÊNCIA PELOS PRODUTOS ORGÂNICOS OU BIOLÓGICOS

Quando os produtos orgânicos ou biológicos começaram a aparecer no mercado, muitas pessoas não os valorizavam e até achavam que não iam dar certo, considerando a grande oferta existente dos não-biológicos no mercado. Havia uma certa razão neste pensamento, pois no início era muito raro encontrar produtos biológicos e quando encontrados, o preço era muito superior ao praticado no mercado pelos produtos comuns.

Atualmente, é bem mais fácil encontrá-los e o preço também já permite um consumo maior, por isso quem tiver a oportunidade de consumi-los, não deveria deixar de fazê-lo. Os produtos biológicos não contêm químicos como pesticidas, herbicidas, fertilizantes, adubos químicos, entre outros, todos eles potencialmente cancerígenos e causadores de alergias e asma. Os orgânicos fazem bem tanto para a nossa saúde quanto para o ambiente. 

Eles são cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, como por exemplo o estrume de animais, além de não comprometerem a biodiversidade, pois bem sabemos que os produtos tradicionais utilizam-se de uma cultura baseada em diversos tipos de venenos para combater as pragas que atacam as plantações, contaminando em larga escala o ar, o solo, os lençóis subterrâneos de água potável, além de degradarem o ambiente e desrespeitarem o equilíbrio da natureza, por quebrarem vários ecossistemas (animais, insetos e plantas). 

Quem já tem o costume de consumir produtos biológicos bem sabe a diferença de sabor existente entre eles e os produtos convencionais, pois estes últimos, apesar de terem excelente aparência, tamanho e brilho, não possuem a mesma essência, cheiro, sabor e, o que é mais importante, o mesmo valor nutricional dos produtos que são orgânicos. 

Outro ponto a favor dos orgânicos é o fato de não utilizarem sementes geneticamente modificadas, resultado da engenharia genética das grandes empresas que atuam na indústria da agricultura alimentar em larga escala.

O grande problema de tudo no mundo moderno é saber diferenciar o que é verdadeiro daquilo que é falso, e o mesmo acontece com os produtos biológicos. Uma cultura para ser biológica precisa seguir normas rigorosas desde o plantio até a colheita, que são controlados por organismos de certificação, que por sua vez seguem atualmente regras internacionais. Por isso, é importante conhecer no seu local de residência quais são estes órgãos, para que em caso de dúvida, possa comprovar a legitimidade do produto biológico através do seu produtor. 

Mas como saber se são biológicos ou não-biológicos? Primeiro, devem ter a certificação, um rótulo ou selo, que ateste sua qualidade orgânica. 

Visualmente, os biológicos podem não ser uniformes em tamanho e ser menores que os não-biológicos. Mas neste caso, o importante mesmo é o sabor e valor nutritivo que possuem, e não a aparência.

Já os produtos não-biológicos ou não-orgânicos costumam ser grandes e bonitos, alguns deles com um excessivo brilho na casca. É também possível encontrar, por exemplo, morangos grandes, alguns até crescem unidos a outros. Isso se deve por conta dos produtos químicos usados na lavoura ou por deformação genética.

Para ajudar da identificação destes produtos, aqui em Portugal, temos a Associação de Agricultora Biológica - Agrobio (www.agrobio.pt), onde é possível ter acesso à lista de produtores certificados e os respetivos pontos de venda. Já no Brasil, é possível ter esta mesma informação através do Mapa - Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

No mundo atual, onde a alta tecnologia e a engenharia genética tomou conta até dos alimentos que ingerimos, não é tão fácil assim manter uma alimentação saudável, que seja totalmente livre de produtos transformados (transgênicos) e de produtos químicos. 

Entretanto, também não é assim tão difícil, pois basta ter boa vontade e disposição para pesquisar e aprender como tudo funciona, exigindo dos responsáveis pela produção alimentar produtos mais saudáveis, limpos e livres do risco de doenças cancerígenas, intoxicações e alergias. Cuidar de si não é tão difícil assim!

Texto: Rosilete Santos

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